quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dez perguntas não tão básicas assim sobre estúdio

Confiram a matéria escrita por Alex Villegas.

“O mundo da fotografia de estúdio é simplesmente fascinante. Na minha opinião, é o mais interessantes dos ambientes da fotografia – uma vez que nele não temos qualquer luz, o fundo infinito se apresenta diante de nós como uma folha em branco.Uma folha que nos permite realizar qualquer idéia ou projeto, desde que tenhamos a compreensão e habilidade para tanto.”

O estúdio desafia nossa capacidade de observação, compreensão e recriação, nos forçando a consultar todo nosso acervo de memórias e observações, a usar toda a nossa capacidade técnica para concretizar uma idéia predeterminada – e o nosso sucesso depende do quanto conseguimos ser fiéis a essa idéia com a imagem final. O estúdio é o simulador universal, onde podemos fazer a noite virar dia, o dia virar noite, criar um ambiente cheio de janelas ou um dramático cenário de teatro.

Mesmo fora das quatro paredes do estúdio, a capacidade de recriar, interferir e moldar a luz é muito útil. Em ramos como a fotografia corporativa, industrial ou de arquitetura, nem sempre a luz existente é suficiente ou adequada para cumprirmos nossa missão, então adicionamos, misturamos e substituímos, num processo quase alquímico em busca da imagem.

Às vésperas do maior evento de fotografia de estúdio da América Latina, é normal que o interesse por ele se expanda – e de julho para frente, chovem questionamentos por email e redes sociais, questionamentos esses que vêm especialmente dos iniciantes. Fotógrafos que já têm uma base técnica razoável e subitamente resolvem tomar a iniciativa de dar o próximo passo. E o que eles desejam saber?

Separei as questões mais importantes – dez coisas que eu adoraria que tivessem me contado antes do meu atribulado começo. Nenhuma resposta aqui é definitiva ou irrefutável, e com certeza não são a única maneira de trabalhar ou de responder à pergunta. Mas devo dizer que elas têm funcionado, da maneira que estão expostas aqui. Então vamos a elas:

1 – Que câmera devo ter para trabalhar em estúdio?

Não dá para responder a esta pergunta sem saber exatamente qual o seu produto final. Câmeras, em estúdio, não precisam ser seladas contra as intempéries, e se você trabalha com flashes, também não precisam fazer 10 quadros por segundo. Os flashes não irão acompanhar essas velocidades.

Configurações de ISO elevadas também não costumam ser uma necessidade real para quem trabalha em estúdio, visto que temos o controle da luz na imensa maioria das – senão em todas – ocasiões. Então o que nos sobra de importante é a qualidade de imagem e resolução – que estão intimamente ligadas.

Qualidade de imagem (em termos de nitidez, latitude e resposta de cor) está conectada diretamente ao sensor; quanto maior, melhor. Por motivos de economia, a escolha mais popular está nas câmeras com sensores 24 x 36mm (vulgarmente chamadas de full frame), Canon, Nikon ou Sony. Mas os preços das digitais de médio formato estão caindo, e a Pentax 645D, de 40Mpx está sendo vendida por US$ 10 mil nos EUA. Um um belo passo acima temos a Hasselblad H4D, a Phase One 645DF, que aceita backs digitais de até 80Mpx e a Leica S2.

Topo definido, calcular sua necessidade em termos de custo-benefício é relativamente simples: veja qual a resolução necessária para o seu principal produto. Se o seu ganha-pão serão os retratos ou books fotográficos (que raramente ultrapassam os 25×38), 15 megapixels serão suficientes para produzir esses books sem interpolação. Eventuais banners, posters e outdoors podem aparentar precisar de mais, mas sempre temos a possibilidade de interpolar um pouco, e a distância de visualização é sempre nossa aliada.

Verificando as características acima, temos excelentes candidatas ao troféu “câmera de estúdio, categoria custo-benefício”: a Canon 5D MKII, de 21 Mpx, a Nikon D700, de 12 Mpx, e a Sony A850, de 24,6 Mpx. Todas full frame, e com recursos de sobra para a tarefa. O que não significa que não se possa usar uma camerinha de entrada, mas a ergonomia e resistência não são as mesmas.

E sempre há a possibilidade de se alugar backs digitais ou câmeras de médio formato para trabalhos específicos.

2 – Quais as lentes que preciso comprar para usar no estúdio?

Isso vai dos seus enquadramentos favoritos e do que está fotografando – mas as lentes que são o arroz com feijão do estúdio são a 50mm f/1.8 ou f/1.4 e a 100/105mm f/2.8 macro/micro (Canon/Nikon). Não conheço fotógrafos que tenham queixa dessas duas lentes – nítidas, claras e acessíveis. Angulares são adições bem-vindas à brincadeira, uma 28mm trará muita versatilidade ao conjunto. Caso prefira as lentes zoom, a 28-70 f/2.8 e a 70/200 f/2.8 (ou a f/4) dão conta do recado, e muito bem, embora os fotógrafos de produto dêem nítida preferência às fixas, especialmente às macro.

Não economize nas lentes. Câmeras ficam obsoletas rapidinho, objetivas duram a vida inteira.

3 – Existe algum conjunto de acessórios que seja essencial?

Não necessariamente. O problema é que flash é uma fonte de luz dura e pequena, então precisamos de acessórios para suavizá-la, controlar sua abrangência e aumentar seu tamanho aparente. Sua maneira de iluminar é que vai ditar quantas tochas, e que acessórios serão necessários. Partindo do set mais básico, que teria uma luz principal, uma compensação e uma contraluz, podemos pensar em:

Para a principal: três refletores de diferentes tamanhos (grande angular, padrão e para colmeia), que podem ser posteriormente suavizados com um pouco de tecrom ou papel vegetal, além de dois acessórios para aumentar o tamanho da luz – sombrinhas de 90cm e/ou softboxes de 120 x 90 são muito versáteis, e o softbox pode ter sua abrangência moldada facilmente com gobos ou tapadeiras; Para a compensação: normalmente, para a compensação são utilizados rebatedores apenas, mas um softbox 90×120 ou uma sombrinha de 120 cm fornecem luz grande e suave, de uma maneira “viva”, ou seja, regulável; Para a contraluz: embora contraluzes costumem ser pequenas e duras por tradição (vide a quantidade de colmeias e snoots que são vendidos para essa finalidade), contraluz suave é uma ferramenta muito útil. Além do clássico refletor de colmeia com uma ou duas colmeias e um snoot, experimente um softbox pequeno ou uma strip light (espécie de softbox alto e estreito) para obter contornos cheios de detalhes.

A luz se difunde basicamente por filtragem e reflexão, então muito papel vegetal ou tecrom é necessário para montar filtragens, e rebatedores também são necessários. Uma solução barata é comprar em boas papelarias papel vegetal em rolos de 30x1m, e preparar os rebatedores com placas de isopor. Uso rebatedores de isopor nos formatos 3x1m, 2x1m e 1x1m, todos pintados de preto de um lado para bloquear a luz (o que lhes dá dupla utilidade). Resultados excelentes também são conseguidos com madeira, MDF e lona fosca branca.

Com um pouco mais de verba e descobrindo suas soluções favoritas de iluminação, também é possível montar as tapadeiras/rebatedores no tamanho e formato desejados em madeira mais grossa e dotá-los de rodízios (rodinhas). Ocupa mais espaço, mas são muito bem acabadas e resistentes, além de bonitas.

4 – O que devo usar, monotocha ou gerador?

A diferença é sutil – um gerador é uma caixa que contém os controles e o sistema de acúmulo de energia comum a todo flash. Porém, para que ele possa trabalhar, a ele têm de ser acopladas lâmpadas – as chamadas tochas – via cabo. Uma monotocha se parece muito a uma tocha – as duas têm as lâmpadas na frente – mas ela também inclui o circuito de acúmulo de energia e os controles, ali na traseira. Nada de caixa. Assim como um caminhão baú, uma monotocha é uma solução completa e independente – um gerador se parece mais a uma carreta, que precisa do truck para puxá-lo, e este último precisa da carroceria para conseguir transportar alguma coisa.

Sou adepto dos geradores – mas convenhamos, eles são caros, muito caros. Minha predileção por eles se deve a três fatores:

Resistência – geradores são feitos para durar, assim como tratores, Fuscas e Harleys. Já vi geradores completamente descascados, amassados e batidos, mas funcionando normalmente;

Conveniência do controle – experimente colocar uma monotocha sem controle remoto em uma grua, a 3 metros de altura. Depois tente regular a potência dela. Sim, é terrivelmente inconveniente. Um assistente sentado ao lado do seu gerador consegue controlar até 3 fontes de luz sem sair do lugar. E como o sistema só depende de um receptor de rádio ou cabo de sincro, nada de preocupações com sincronização ou fotocélulas;

Potência – um gerador de 1200w consegue trabalhar com três tochas a 400w, uma tocha em 800w e outra em 400w, ou mesmo uma única tocha com os 1200w que o gerador consegue produzir. Quando se precisa de potência bruta, geradores são o que há de melhor.

Veja qual das vantagens lhe atrai mais, e qual das desvantagens pode ser decisiva – assim não vai errar na escolha do equipamento.

5 – E aí, preciso realmente de um fotômetro?

É bem provável que precise. Nada impede que se chegue a um excelente resultado sem o fotômetro, baseado na intuição, experiência e tentativa/erro. Mas fotômetros oferecem duas comodidades valiosíssimas: repetibilidade e facilidade de transposição.

Repetibilidade porque uma vez definido meu resultado, ele pode ser analisado exaustivamente com o fotômetro. Contraste da imagem, latitude, abrangência da luz principal, potência da contraluz e das luzes de efeito, tudo pode ser anotado e arquivado para posterior reprodução. Se eu precisar reproduzir qualquer aspecto daquela foto, de uma forma geral ou isoladamente, é questão de minutos de trabalho.

Facilidade de transposição porque um determinado visual pode ser criado com as mais variadas combinações de fontes de luz. Uma luz de janela pode ser feita com um softbox, uma parede branca ou uma janela mesmo. Então, conhecendo o contraste entre as fontes de luz nas mais diversas circunstâncias, posso trabalhar usando luz ambiente, flash, luz contínua ou mista, que dará tudo na mesma. O desenho da luz, as sombras e sua densidade estarão sob controle.

Posso me virar perfeitamente sem um fotômetro numa emergência, mas faço a mais absoluta questão de ter um – de preferência topo de linha – à mão durante os trabalhos. Faz uma diferença danada, e quando você se acostuma ao fotômetro, nem olha o LCD da câmera.

6 – Como e o que devo estudar para “ficar bom” em estúdio?

Em estúdio, um dos fatores mais importantes é a qualidade de imagem. Então, antes de partir para vôos mais altos, certifique-se que domina por completo os conceitos de exposição, leitura de histograma, profundidade de campo. Depois, comece a pesquisar a iluminação em si – um bom livro para começar é o Ciência, Luz e Magia, do Fil Hunter e Paul Fuqua. Considere participar de um fórum de fotografia em que se discuta iluminação.

Converse com bons fotógrafos, veja-os trabalhar. Se possível, seja assistente de algum, que tenha um trabalho que você ache bacana. Ver a teoria sendo aplicada por alguém experiente é valioso, muito valioso. Tenha referências: pesquise o tempo todo, veja as imagens de seus fotógrafos prediletos, imprima, analise, compre livros com fotos grandes. Pense em como parecem ter sido iluminadas, depois tente fazer igual. Pense grande, e pratique muito.

Desenvoltura com a luz demora para ser adquirida, e só a tentativa e erro fazem com que você se aproprie das técnicas que conhecerá através dos livros e dos fotógrafos.

7 – Como cobrar um trabalho de estúdio?

Essa é uma pergunta que demanda uma resposta complexa. Mas tudo é relacionado à sua frequência de trabalho, os custos fixos do seu estúdio (ou o valor da locação caso resolva locar) e o seu patamar de habilidade fotográfica.

Há no blog do fotógrafo Geraldo Garcia uma excelente série de artigos sobre precificação que pode ser de grande valia – http://blog.geraldogarcia.com/index.php/2009/05/como-cobrar-por-servicos-fotograficos-introducao.

Participar de uma associação como a Abrafoto (www.abrafoto.com.br) ou Fototech (www.fototech.com.br) também pode ser valioso. Ambas as associações possuem tabelas e planilhas disponíveis para os associados, além da eventual ajuda que outros membros mais experientes podem fornecer nessas horas.

8 – Como começar no mercado?

O começo é sempre complicado, para todos nós. Simplesmente abrir um estúdio e colocar uma plaquinha na porta da rua não é das melhores idéias que se possa ter, mas há algumas rotas para se iniciar nesse ramo:

Assistência: é a mais tradicional de todas. (Vejam a matéria sobre os Assistentes de Fotografia do Instituto Internacional de Fotografia) Assistentes de fotografia são sempre a nova geração de fotógrafos competentes, pois vêem o trabalho sendo feito por quem já está estabelecido, e um bom assistente sempre fica conhecido no mercado – tem contatos e conhece bons produtores, maquiadores, agências de modelos. A transição não é mais tão fácil quanto era antes – quando o fotógrafo acabava por ceder os trabalhos mais simples para os assistentes – hoje em dia a maioria dos fotógrafos já não se dá ao luxo de repassar trabalhos para quem quer que seja. Mas ainda assim é uma consagrada escola.

Associação: dizem que a união faz a força. Um único fotógrafo iniciante normalmente não consegue sustentar um estúdio, mas é uma prática extremamente comum dividir um. Dois ou três fotógrafos podem dividir o aluguel e custos de reforma, além dos equipamentos de iluminação. Como no começo a nossa taxa de ocupação ainda não é grande, conflitos de data são poucos e administráveis.

Alguma estratégia de marketing sempre se fará necessária – redes sociais, website institucional, blog e outras mais. É importante que se tenha alguns clientes conquistados antes de abrir um estúdio próprio. Nesse quesito, normalmente o portfolio precede tudo – um bom portfolio (muitas vezes elaborado com trabalhos pessoais não comissionados) alavanca clientes que serão atendidos em estúdios locados, e aí se a demanda exigir, parte-se para o estúdio próprio.

9 – O que eu preciso saber de tratamento de imagem?

Se for você a tratar suas próprias imagens, terá de saber bastante. Mesmo que não goste de retocar ou de mexer muito nos tons e cores da imagem, é necessário conhecer bastante coisa sobre nitidez, impressão, resolução e formatos de arquivo, além de espaços de cor. Se sua imagem sair simplesmente perfeita já da câmera, ainda assim terá de saber como preservar essas qualidades e não perdê-las pelo caminho.

Caso não queira investir todo esse tempo em aprender esse ofício adicional, contrate um retocador de confiança e fique livre para preocupar-se apenas com a captura.

10 – Vale a pena ter um estúdio próprio?

Tudo vai da sua demanda. Com poucos trabalhos por mês, ainda compensa alugar um estúdio com equipamentos. Há estúdios para todos os bolsos e necessidades, e é possível alugar até mesmo câmeras e lentes mais caras em alguns deles. Sem custos fixos, sem aluguel ou manutenção do equipamento, o estúdio alugado é uma ferramenta poderosa.

Mas é bem provável que chegue um instante em que a despesa com estúdio alugado irá superar os custos fixos de um estúdio próprio – quando esse dia chegar, mude para um estúdio com a sua cara, no local que desejar. Nele é possível atender clientes a qualquer hora, testar luzes, fazer ensaios – coisa que não é possível no estúdio alugado.

De qualquer maneira, um studium, ou local de estudo é essencial para todo fotógrafo. Mesmo que não tenha camarins, escritório ou cozinha, qualquer ambiente serve para se estudar iluminação, testar novas soluções e equipamentos. Um quarto ou garagem fechada já ajudam em algo.

Caberia aqui uma décima primeira pergunta: e agora, o que faço com essa informação toda? Na verdade, não é tanta informação assim, apenas uma pequena coletânea de esclarecimentos. Dúvidas que se repetem o tempo todo, pelo mundo inteiro – e é uma mão na roda poder ver as respostas assim, agrupadinhas. Divida-as se quiser, aproveite-as o quanto puder, concorde, discorde, construa seu conhecimento.

Fonte: IFF

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

True

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Iluminando fundos escuros

No vídeo abaixo é possível observar algumas diferentes configurações de iluminação para fundo escuro em estúdios.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Como os fotógrafos gastam o tempo

A ISPWP - International Society of Professional Wedding Photographers (Sociedade Internacional de Fotógrafos Profissionais de Casamento) fez um estudo há alguns anos atrás sobre como fotógrafos gastam o seu tempo e publicou dois gráficos mostrando a diferença entre o que o público em geral pensa e o que acontece na realidade:




Realidade:

Fonte: Resumo Fotográfico

domingo, 23 de outubro de 2011

Bicho Modelo

Animais sempre foi uma paixão, especialmente cachorros. Poder unir a fotografia e animais será no mínimo muito gratificante.

Aí está o Bicho Modelo, a nova área que estou seguindo e tenho certeza de que será uma delícia.




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O não uso da cor na fotografia

(por Cid Costa Neto)

A primeira fotografia colorida surgiu em 1861, mas apenas em 1935 ela tornou-se verdadeiramente popular, com o surgimento do filme Kodachrome. Mas embora a tecnologia já permitisse o uso de cores na fotografia, o uso do filme preto e branco manteve-se em alta por muito tempo. Em grande parte, isso se deve a uma maior facilidade na revelação (quando ainda manuais), em outra, por questões visuais.
É muito comum alguns fotógrafos optarem por utilizarem o preto e branco na fotografia, seja como estilo estético ou numa tentativa de mascarar, na pós produção, a sua inabilidade em trabalhar com as cores. A opção de não utilizar cor, no entanto, deve ser algo pensado previamente, de forma a fazer parte da estética e conceito da imagem desde o seu nascimento.
Trabalhar com a cor é algo que exige uma atenção particular. Com uma grande força visual, algumas cores, por vezes se destacam com evidência imediata da percepção, desapropriando de alguns objetos, a importância que estes deveriam ter em cena. Em contraponto, uma determinada cor pode dar valor a algo que deveria manter-se em segundo plano. A decisão de abrir mão do uso de cores deve ser portanto, um ato consciente, para concentrar o valor do trabalho nos corpos e formas dos objetos, pessoas e lugares, valorizando linhas, texturas ou contrastes, de acordo com a idéia que o fotógrafo deseja passar.
Além da questões sensoriais e estéticas, é importante observar que o não uso da cor passa também por questões simbólicas que agregam valor a uma imagem. A ausência de cor na verdade, é representada na fotografia por tons de cinza, que se relacionam com melancolia e por estarem entre o branco e o preto são consideradas incertas, neutras.

PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 9. ed. Rio de Janeiro, Léo Christiano, 2002. p. 118-119.

terça-feira, 26 de julho de 2011

DUO FILMES



O motivo da falta de tempo para atualizar o blog tem um nome: Duo Filmes

Mas é com muito carinho que venho apresentar a vocês a mais nova produtora de Belo Horizonte! A Duo Filmes chegou para criar memórias, registrar momentos únicos e emocionar.

Entre no site e confira nosso trabalho! http://www.duofilmes.com.br/
 
Abraço
Ellen

PS: Voltarei a atualizar o Mundo da Fotografia diariamente a partir da segunda-feira que vem! Aguardem!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fotógrafos Famosos - Robert Capa


Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de Outubro de 1913 — Thai-Binh, Vietname, 25 de Maio de 1954), foi um fotógrafo húngaro.

Um dos mais célebres fotógrafos de guerra, Capa cobriu os mais importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em Omaha Beach, e a liberação de Paris), no Norte da África, a Guerra árabe-israelense de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina.

Robert Capa costumava dizer que, se uma foto não ficava boa, era sinal de que o fotógrafo não havia chegado suficientemente perto do acontecimento. Em toda a história da fotografia, ninguém levou a máxima tão ao pé da letra quanto ele. Entre as décadas de 30 e 50, Capa esteve no front das piores guerras e chegou mais próximo dos fatos do que qualquer fotógrafo havia ousado até então. A coragem exigida por essa proximidade somavam-se um impressionante senso de composição e, principalmente, um olhar de comovente humanidade.

Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto ("A morte do soldado legalista"), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.

Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947) 

Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmera permanecia entre suas mãos.


"Morte de um Soldado Legalista" (1936)

 O desembarque, Omaha Beach, 1944 

Madri, 1936 


Frase: "Quem se considera artista não consegue trabalho. Considere-se um fotojornalista e, então, faça aquilo que quiser", aconselhou ele ao amigo Cartier-Bresson, que disputa com ele o posto de maior fotógrafo do século XX.

Fato Curioso: Em 1945, no lobby do hotel Ritz, ele conheceu a atriz sueca Ingrid Bergman, ali hospedada para fazer um show para os soldados aliados. Ingrid, provavelmente a mulher mais linda do mundo na época, viveu com o fotógrafo bonitão um caso que durou dois anos. Reza a lenda que ela queria casar e ter filhos e Capa não abria mão da vida que levava. Verdade ou não, foi assim que Ingrid relatou o caso para o cineasta Alfred Hitchcock. Estava ali a inspiração para os protagonistas do filme Janela Indiscreta, no qual um fotógrafo de guerra, com a perna imobilizada, espia os acontecimentos na casa vizinha e resiste às investidas da namorada para casar.

Fonte: Wikipedia, Veja Online

Quem leu esse post também se interessou por "As 10 fotografias mais famosas da história"

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Objetos inanimados ganham vida em ensaio bem-humorado

O artista americano Terry Border criou uma série de imagens cômicas, em que imagina objetos do cotidiano em situações inusitadas.
Em sua nova coleção, ele usa bananas, ovos, pães, facas, colheres de pau e até uma pedra de gelo. Com o auxílio de arames, ele anima os objetos para realizar as cenas.
Nas fotos, é possível ver amendoins zumbis, a morte de um picolé e até mesmo um hambúrguer que, combinado com um pacote de batatas fritas e um refrigerante, se transformou na Estátua da Liberdade, um dos principais monumentos dos Estados Unidos.



O artista americano Terry Border criou uma série de imagens cômicas em que imagina objetos do cotidiano em situações inusitadas. Na imagem, que se chama "Sonhos de um cubo de gelo", uma pedra de gelo fisiculturista sonha com a força do iceberg que atingiu o navio Titanic.


Border diz que, apesar do senso de humor que usa em suas imagens, é incapaz de contar piadas. Na foto acima, que se chama "Hematomas", as manchas das bananas viram machucados de uma luta de boxe.


O artista diz que tem um talento natural para imaginar objetos em situações inusitadas e divertidas. Na foto, amendoins zumbis se alimentam do "cérebro" de um amendoim saudável.


Segundo Terry Border, seu trabalho fica melhor com a experiência. Por causa disso, ele diz que não pretende parar de criar novas imagens. Na foto, um ovo é encorajado por um fouet (utensílio utilizado para fazer cremes e omeletes) a pular para dentro de uma tigela. 


Para Terry Border, seu ponto de vista sobre as coisas sempre foi seu dom. Ele diz que criar objetos é, desde o início, uma diversão. Na imagem, que se chama "Luto de amendoins", um grupo lamenta a morte dos companheiros usados para fazer um pote de manteiga de amendoim.


Apesar da constante produção, o artista diz estar cheio de ideias para novas fotos. A fotografia, cujo título é "Cena do crime", mostra um picolé cobrindo o "corpo" de outro, que derreteu.


Border já lançou um livro com fotografias de seu trabalho e se prepara para lançar o segundo. Além disso, publica imagens semanalmente em um blog. A imagem acima mostra um biscoito de chocolate buscando seu companheiro, que foi consumido com o copo de leite.


Border, de 45 anos, cria esculturas a partir de alimentos, objetos do cotidiano e arames. Na obra intitulada "O jeito americano", um hambúrguer e um pacote de batatas fritas se transformam na Estátua da Liberdade.


Em seu blog, o americano diz que costuma deixar esculturas em lugares por onde viaja, depois de fotografá-las. Na foto, uma colher de pau é assassinada, a tiros, por outra.

Border, que é da cidade de Greenwood, em Indianápolis, diz que seu talento para criar é natural, e que ainda está repleto de ideias.
"Eu fazia esculturas maiores e mais abstratas, mas descobri que não era o meu forte."
"Comecei a fazer obras menores com arame e comecei a incorporar objetos para fazer coisas mais interessantes. Usei o meu humor, que admito ser um pouco estranho", diz Border.
O artista de 45 anos diz que, para ter ideias, costuma observar os objetos, pensar sobre o que eles lembram e criar algum tipo de história com isso.
"Tento me divertir durante o processo. Eu tenho um bom senso de humor. Gosto de rir, mas não consigo contar uma piada nem para salvar minha vida", diz.

Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Moon Games - Brincando com a Lua



Um Fotógrafo profissional e jornalista científico, Laurent Laveder criou a série Moon Games, composta por diversas imagens que mostram pessoas interagindo com a Lua.

Capturando as cenas por um ângulo específico, o artista faz parecer que o satélite está realmente ao alcance das mãos dos homens e mulheres que, posando para as lentes do artista, brincam de jogá-lo para cima, ou pousá-lo numa xícara de café. Especializado em fotos do céu, Laveder faz parte do coletivo The World At Night, que reúne 30 dos melhores astrofotógrafos do planeta.
















Fonte: Jumentrix

domingo, 3 de abril de 2011

Tendências e Essências

Li um post muito interessante do Daniel Nobre do Cravo e Canela e queria compartilhar com vocês.

Basta pesquisar rapidamente na internet que você vai se deparar com as diversas tendências da fotografia de casamentos. Trash the dress, lentes tilt-shift, fotos desaturadas, vintage, texturas, HDR, Boudoir, são só algumas delas. Na minha opinião, tudo isso é moda, tudo isso passa. Essas tendências demandam mais trabalho e tiram o foco do que realmente interessa. Ficamos concentrados em aprender a fotografar na nova moda, a dirigir os noivos do novo jeito, a usar o novo software, sempre preocupados em ficar para trás, em perder da concorrência. Acabamos perdendo tempo precioso, tempo que poderíamos dedicar a aspectos muito mais importantes da nossa arte.

Fotografia, na essência, não tem nada disso, não tem relação com efeitos de photoshop ou noivas deitadas na lama. Fotografia vai além, precisa de emoção, precisa de honestidade e o foco deve ser nisso.

Já imaginei várias vezes a cena…

A mãe, que foi noiva um dia, mostrando o álbum para os filhos:

- Mãe por que você estava deitada na lama, com vestido de noiva? Porque o papai estava sem camisa abraçado com um coqueiro?
- Filho, foi o fotógrafo que sugeriu. Na época, era moda.
- Aff mãe! Isso parece tão anos 2000.

Na minha opinião, o que fica são os momentos reias, os sorrisos, abraços, beijos, os amigos, os detalhes…

Devemos focar no que realmente importa e deixar as tendências de lado. Descobrir o que realmente importa é um desafio por si só, é relativo, é de cada artista, mas com certeza não é deitar na lama de vestido.

As tendências morrem com o tempo, as fotos boas ficam. Lembre de fotos clássicas, fotos que são referências de arte, que tenham mais de 50 anos… tenho certeza, elas não seguem modinhas.

sábado, 2 de abril de 2011

Luz e a Fotografia

LUZ INCIDENTE - quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, absorvida ou refletida. No caso de uma superfície transparente, como o vidro de uma janela, a maior parte da luz será transmitida, embora um pouco seja perdida por reflexão e absorção. Um material translúcido como um lenço de papel, tem capacidade de transmissão muito menor e difunde a luz que passa por ele. A proporção de luz transmitida, absorvida ou refletida é uma função de comprimento de onda;

 Luz Incidente ou Iluminâncias







 
Fotômetro de Luz Incidente mede a quantidade de luz que cai em um objeto, através de um hemisfério ou disco difusor sobre a fotocélula para calcular a média de luz incidente sobre ele. Ele deve ser colocado perto do objeto e voltado para a câmera, de modo que a luz que incide na lateral do objeto a ser fotografado faça parte da leitura.
 
LUZ REFLETIDA - A grande maioria das fotografias que registramos é com luz refletida sobre o objeto e não com a luz que incide sobre ele.
 


A luminância total de uma superfície é determinada pela quantidade de luz incidente sobre ela e por uma propriedade conhecida como refletância. A refletância de uma substância é expressa como um número percentual, que indica a proporção de luz incidente refletida pelo material/objeto. É por esta diferença que vemos alguns objetos “brancos” e outros “pretos”, quer estejamos observando sob a luz do dia, quer sob uma luz fraca.



Um material muito preto é capaz de refletir menos de 2% da luz incidente, já um material branco é capaz de refletir mais de 95%; no entanto nenhum material apresenta refletância de 100%, uma vez que um pouco de luz sempre é absorvido ou dispersado.




Um material muito preto é capaz de refletir menos de 2% da luz incidente, já um material branco é capaz de refletir mais de 95%; no entanto nenhum material apresenta refletância de 100%, uma vez que um pouco de luz sempre é absorvido ou dispersado.


Fonte: Salada da Bru

quinta-feira, 31 de março de 2011

Leica F 0.95

A Flavia Pio postou esse video a baixo no Fotoclube Itajubá e resolvi pesquisar mais sobre essa lente! Dá só uma olhadinha!



Grande Angular com zoom de abertura fixa: Noktor HyperPrime 50mm f/0.95

Preço de Lançamento 550.00 €



Data de Lançamento Fevereiro de 2005





Não que seja a primeira lente mais rápido do mundo, pois existe uma Noctilux Leica f/0.95 com a distância focal de 50 milímetros, mas apenas restrita à Leica e custa a módica quantia de 7 400 €, o que não é propriamente um valor que qualquer carteira possa dispender.

Daí nos debruçar-mo-nos nesta objetiva da Noktor em vez da extraordinária Noctilux. Esta objetiva foi projetada para em exclusivo para os sistemas 4/3, porém, o fabricante não descartou a possibilidade de vir a desenvolver para outros sistemas no futuro.

A lente remonta aos dias da fotografia, pois tanto a focagem como a abertura do diafragma são manuais.

Deve possuir uma lente destas porque: é a objectiva de valores aceitáveis mais rápida do mercado. Sendo uma objectiva com uma abertura de f/095, produz facilmente efeitos fantásticos de pouca profundidade de campo; esta abertura faz com que com esta objectiva se possa fotografar sem luz.

Mas tenha em mente: que se trata de uma objectiva 4/3 e que a sua distância focal equivale a 100mm de uma 35 mm.





 

É ou não é uma belezura? :)

Fonte: maisnet
Flickr: digitalrev

domingo, 27 de março de 2011

Flickr atualizado

Sabe quando o tempo fica curto demais pra você fazer tudo aquilo que deseja? Então, por conta disso, o meu flickr tinha sido abandonado. Mas espero conseguir atualizá-lo pelo menos nos finais de semana, quando tenho tempo pra fotografar com a luz do dia!

Foto da vez:


Quem quiser conferir minha galeria, clique aqui!

[]'s
Ellen

sábado, 26 de março de 2011

Salvando com o RAW

Estava a procura de alguns presets para o Lightroom e acabei encontrando um post do André Fernandes no site do Lightroom Brasil sobre a fotografia em RAW que me deixou bem impressionada.

Quem já não perdeu uma imagem importante em seu evento por causa de flash? Quem sabe um beijo no altar, um “parabéns” de aniversário, um bouquet na festa… Por mais que vc seja cuidadoso, situações inevitáveis acontecem. Pois bem, acredite, Raw foi feito também para isso!
O que vc me diz dessa foto? Que tal um flash?



Bem, vamos corrigir ela em JPG, lembrando que exportei ela bruta de raw para jpeg.
Se o arquivo original fosse jpg, o resultado ficaria menor ainda.
Primeiramente vou fazer a recuperação no Photoshop clareando em curvas, brilho, tirando contraste, e eliminando os pontos vermelhos que aparecem. Ficou assim:


Nota-se que não existe informação na área preta. Chama-se de “buracos”,
(falta de informação). Isso acontece tanto com a falta de luz ou excesso dela (estourada). Não se consegue recuperar tanto as partes claras ou escuras. Outra coisa é que sempre vai estourar a magenta, ficando um vermelhidão “lindo”, (e olha que eu tirei)

E agora no Lightroom.

Importei ela em Jpeg, aumentei a exposição, aumentei luz de preenchimento, trabalhei um pouco da recuperação, eliminei o vermelho que fica e tirei os grãos estourados.

Veja como ficou:


Como citei acima, tirei o máximo de magenta, e o grão… aah o grão é inevitável mesmo sendo no Lightroom e continua vários “buracos” sem informação.
Mas pode-se notar algo, como a foto original estava escura, a parte branca que não recuperou no photoshop, aqui ele ficou perfeita ( mesa e parede ), mas o tecido preto ainda sem nenhuma chance de aparecer.

Agora vou fazer o mesmo sistema de recuperação acima do Lightroom no formato RAW.



Como citei acima, fiz todas as etapas, e nota-se alguns pontos vermelhos aparecendo no tecido, são os grãos que ainda ficaram.
Posso acabar a matéria por aqui? Acho que não precisa dizer muito nhé…

Uma deixa muito importante! NÃO RELAXE!

Não saia por aí pensando, “agora eu fotografo em raw, não preciso me preocupar com iluminação”. Não é bem assim. Ele é muito importante para auxiliar o fotógrafo a melhorar seu trabalho, e não para transformar eu um “folgado”.

Lembre-se, sua evolução reflete no seu trabalho e seu trabalho determina seu
perfil como fotógrafo.

domingo, 20 de março de 2011

Fotografia de alta velocidade

Aqui estão alguns sites com tutorias para fazer belas fotografias de alta velocidade! Vale a pena conferir e se aventurar!


Este post servirá para fornecer alguma inspiração do que pode ser feito com a fotografia em alta velocidade. Também apresenta alguns vídeos verdadeiramente impressionante slow-motion.




Este guia descreve como capturar movimentos super rápidos usando equipamento fotográfico comum e uma pequena casa feita de eletrônicos. Ele descreve a configuração utilizada, os problemas comuns e o que pode ser feito para resolvê-los.
 
 
 

Fotos dos eventos de alta velocidade, tais como balões estourando, quebra de vidros, e salpicos de líquidos revelam estruturas interessantes não visíveis a olho nu. Com este guia, você pode tirar suas próprias fotos de alta velocidade para captura desses eventos efêmeros. Um tutorial muito detalhado.
 
 
 
 

Este é um rápido tutorial para você começar com a fotografia de alta velocidade. Há uma tonelada de outros recursos na web, mas a maioria deles são avançados e requerem equipamentos especiais. Este é um guia simples e básico.
 


Fonte: Smashing Magazine